Nossa homenagem as mulheres da logística

5 de abril de 2024

Onde as mulheres atuam nota-se um toque superior e que traz resultados duradouros. Mas, muito mais pelos seus direitos, as mulheres devem estar e atuar onde ela quiser e para o que se capacitar.

No artigo de hoje, em homenagem ao mês da mulher (março/2024), especificamente, ao tão importante 8 de março, Dia Internacional da Mulher, oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975, temos a presença feminina no setor de cargas e logística impactando positivamente a sociedade. 

Ainda se faz necessário uma parceria mais equilibrada de governos e empresas atuando juntos em prol de uma sociedade igualitária entre os gêneros. Apenas 12 (6,3%) países no mundo possuem condições iguais para homens e mulheres em todas as áreas de trabalho, de acordo com o relatório Mulheres, Empresas e Direitos 2022 recém-divulgado pelo Banco Mundial. Mas, enquanto isso, muitas mulheres vêm desempenhando com êxito funções antes tidas como masculinas no mercado de trabalho. Na logística por exemplo, um setor antes dominado pelos homens, elas estão ocupando cada vez mais espaços e provando seu valor.

No Brasil, a presença das mulheres no mercado de trabalho é crescente, com vagas sendo afirmativas para mulheres de todas as classes sendo cada vez mais comuns. A principais áreas de atuação das mulheres vem sendo nos setores de saúde-beleza, educação e transporte logístico.

Sociedade patriarcal ainda é desafio de todos neste Dia Internacional das Mulheres

As experiências são diferentes nas tarefas do dia a dia, mas o machismo ainda é um obstáculo a ser transformado na caminhada pela busca da igualdade entre os gêneros – e ele está tanto nos homens como nas mulheres também. “Acho que todos nós somos machistas, vivemos numa sociedade patriarcal e cada um está em um nível de desconstrução. O desafio é justamente entender as lacunas que temos para poder trabalhar isso”, ressaltas algumas mulheres da Rodofly.

O primeiro passo para cuidar do problema é reconhecer que temos um problema, e muitas pessoas ainda hoje não enxergam isso. 

É preciso reconhecer a importância do tema em prol do benefício de todos. Um olhar mais acurado nos processos seletivos, tendo em mente o quadro de colaboradores da empresa para fomentar a diversidade é fundamental. Profissionais de RH, gestores e diretores das corporações têm grande responsabilidade e devem estudar o tema para praticar o compromisso com um ambiente de trabalho mais diverso”. 

Diversidade é positiva para mercado de trabalho e colaboradores

Um estudo da McKinsey Company sobre o estado da diversidade corporativa na América Latina aponta que o sucesso de uma organização está relacionado ao compromisso dela com a diversidade. Quando percebido pelos colaboradores que a instituição em que atuam possui tal compromisso, a pesquisa diz que a probabilidade da empresa colher bons frutos é maior.

Aqueles profissionais que trabalham em empresas que cultivam realmente a diversidade são também mais felizes, criativos e proativos segundo o estudo.

Como mulher, trabalhar numa área masculina, ainda mais com demanda de trabalho braçal, acreditamos que esteja sendo exemplo para outras mulheres que queiram atuar na área. Se nós conseguimos, todas podem”, apontam algumas mulheres da Rodofly.

Para quem está iniciando a carreira, aconselham a acreditar na própria força, não perder a essência e cultivar a paciência. “A gente não precisa se masculinizar para estar em um ambiente masculino. Temos nossas características e realmente trazemos um olhar novo para o negócio, isso só agrega. Sejam quem são, não se deixem moldar pelo ambiente”, finalizam.

Mas ao contrário do que muitas pessoas pensam, o regime CLT garantiu as mulheres direitos efetivos, tais como:

●Garantia de emprego à gestante

●Garantia de licença-marternidade

●Garantia de salários iguais

●Direito a repouso em caso de aborto natural

●Garantia contra descriminação por qualquer motivo

●Garantia contra exploração de força física e muscular

Esses direitos têm como base fundamental aquilo que a Constituição Federal dispõe no Art 5º: “Todos são iguais perante a lei” e no inciso I: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.  Tais afirmações dão base para lutas cada vez mais engajadas, a partir das quais a posição e autoridade feminina na sociedade sejam reafirmadas.

Dados do Ipea em 2019, as estimativas para 2030 são de que o mercado de trabalho braisleiro espera que a presença de mulheres seja superior a 50%.

Mulheres, carga e logística: uma relação de sucesso

O Detran afirmou que cerca de 180 mil mulheres no Brasil já dirigem caminhões, transportando cargas de Norte a Sul, em um total de 6,5% dos mais de 2 milhões de motoristas que circulam pelo país, representando uma tendência de alta, já que em 2019 esse percentual era de cerca de 2% do número total.

Segundo a CNT (Confederação Nacional de Transportes) citando uma pesquisa global, afirma que ter mulheres em cargos de liderança pode aumentar o faturamento de uma empresa em até 50%. No mesmo informe, a CNT cita a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) em um relatório solicitado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e afirma que o número de mulheres com idade de 30 a 49 anos em cargos de gerência e diretoria aumentaram mais de 40% de 2003 a 2017.  Também é possível ler neste informe que já em 2020 cerca de 39% das empresas a nível mundial tinham metas públicas para aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança.

Uma das conclusões que podemos extrair dessas respostas estatísticas é que um dos principais motivos para o desenvolvimento do setor de carga e logística é a presença feminina, cujo crescimento é exponencial nessa área. Ainda segundo o MTE, cerca de 17% do total de funcionários é do sexo feminino.

No mês da mulher, dizemos a todas as mulheres, do Brasil e do mundo, o nosso muito obrigado!

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